segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Contradição .



Acreditar ou não, nas palavras, nos olhares das pessoas? As intenções variam, mudam, por tantos motivos e razões desconhecidas por mim. A incapacidade de ler as mentes ou até por vezes de as comprrender. Será a idade ou a vida, que nos mostra que o mundo é azul ou negro?

As interrogações na base do meu monólogo e quase todas sem resposta. Neste momento surgem outras novas e a intensidade do sangue no meu cérebro aumenta consideravelmente. No mundo exterior, os problemas são outros, que não ignoro, contudo dentro do meu pequeno globo, o amor e o desamor, o respeito, a aceitação, a tolerância, a dedicação, a virtude, o defeito, o egoísmo, o altruísmo, a capacidade de dar e de receber, criam barreiras á minha inspiração e simplesmente permito-me a novas histórias.

Ser nua e sem vergonha, ou agora a aberração de uma máscara? Deglutir, sem saborear o fel da língua, que uma vez era de morango. Inspirar, o perfume que é agora odor de amoníaco, que queima ao expirar, para sobreviver. E ensurdecer os ouvidos para evitar o som do vazio das palavras dos outros. Qualquer acção, para não chorar compulsivamente e continuar.

Não posso dizer que são desilusões, mas sim ilusões. Vi, senti, ouvi, tudo que imaginei ser bom, de tantas bocas, abraços, essências e depois a ilusão transformou-se para mim, na realidade, que sempre foi. E assim, entro no terceiro capitulo, da minha própria interpretação, sem qualquer escolha possível.

Jenniffer V. Alcantara

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